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Pré-vestibular do Ceasm promove lives de educação antirracista no Instagram

Por Beatriz Sousa, colaboradora da equipe de Comunicação do CPV




“Caminhos para uma educação antirracista” é o nome da série de lives desenvolvida por educadores do Pré-Vestibular comunitário do Ceasm, o Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré.


Além da possibilidade de ter o material didático pros futuros educadores, e possibilitar que outras pessoas e coletivos possam acessar esse debate, a ideia das lives é “compartilhar as práticas de educação, as reflexões, as experiências dos educadores que já fazem um trabalho mais engajado e mais preocupado dentro da perspectiva antirracista”, afirma Angela Santos, uma das coordenadoras do projeto.


“O CPV se preocupa com esse debate há algum tempo e vem discutindo com seus estudantes, fazendo formação de educadores, vem tentando incluir nesse debate as ciências mais duras, mobilizando os educadores das ciências exatas e da natureza para terem um olhar mais atento às questões raciais, para as possibilidades de se incluir história e cultura africana e afro-brasileira dentro da formação dessas áreas”.


No último sábado (22), a primeira live da série trouxe possibilidades de novas abordagens na Literatura. Os educadores Vagner Lima, professor, poeta e mestre em Literatura Brasileira (Uerj), e Antonio Carlos, mestre em Memória Social (UniRio) e co-fundador do CEASM, discutiram temáticas históricas e atuais.


Vagner conta que “apesar de alguns problemas técnicos, a inexperiência com essa forma de comunicação e a timidez”, o saldo foi positivo: “conseguimos tratar do tema racial no âmbito da literatura, e esse recorte sobre permite uma percepção crítica e diferenciada sobre o tema. Foi importante!”


Os mestres guiaram um bate-papo por temas como o não questionamento da escravidão na Literatura do período colonial, a invisibilização de escritores negros na história e na academia, a taxação dos livros proposta por Paulo Guedes e as mudanças proporcionadas pelas Leis 10.639/03 e 11.645/08, que tornam obrigatória a inserção dos estudos da história africana, afro-brasileira e indígena no currículo de instituições de educação básica.

Segundo Vagner Lima, o impacto das práticas antirracistas em sala de aula se dão a partir da reflexão: “Essas conversas promovem o autoconhecimento (de si e da própria realidade) e  isso é fundamental para qualquer mudança”.


Angela assegura: “não existe uma receita de bolo, mas sim caminhos possíveis a serem pensados em coletivo”. Por isso é importante impulsionar as reflexões de todos nós, na medida em que se fala muito em ser antirracista, mas não se reflete muito sobre como fazer essa estrutura, que é a escola, que são os espaços educativos, se repensarem para construírem essa essa formação antirracista de fato. Tanto dos seus professores, educadores, quanto de seus estudantes”.


As lives ocorrerão aos sábados, às 19h. Amanhã (29), as educadoras de História Beatriz, Emmanuelle e Renata vão comandar a conversa. Siga as redes do CPV (@cpvceasmmare) e abra espaço na sua agenda pra esse calendário:


Agenda das Lives: “Caminhos para uma Educação Antirracista”*


29/08 – História

05/09 – Química

12/09 – Língua Portuguesa

19/09 – Geografia

26/09 – Filosofia

03/10 – Sociologia

10/10 – Matemática

17/10 – Biologia

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